Quando lemos “violência contra a mulher” imediatamente remetemos a violência doméstica, não é? Porém, esta violência excede a questão doméstica.
A luta feminina se arrasta pela história mundial até os dias atuais, a exemplo: um movimento grevista por melhores condições de trabalho, equiparação salarial e tratamento digno no local de trabalho culminou num ato extremo de violência contra a mulher, na cidade de Nova York no século passado, onde aproximadamente cento e trinta tecelãs foram trancadas e carbonizadas no galpão da fábrica que elas trabalhavam.
No Brasil, a privação de alguns direitos civis ás mulheres como por exemplo, o direito de votar, só foi concedido as mulheres em 1932, uma violência contra sua inteligência e cidadania. A ocupação de cargos e funções trabalhistas, bem como valores salariais ainda é uma violência contra a mulher, uma vez que há desproporcionalidade das ofertas de mercado para a mulher, fomentando a preferência dos melhores cargos e salários para os homens. Na saúde também potencializa-se a violência contra a mulher, a exemplo, a reconstrução da mama devido as mutilações que o incurável câncer provoca, não é devidamente autorizada pela saúde pública e ou privada(planos de saúde). A violência da solidão, a invisibilidade humana, o abandono da mulher quando idosa por parte dos próprios filhos, os quais ela pariu. O estupro, outra forma de violência desde o ato praticado por um desconhecido até o praticado pelo próprio parceiro.
E claro, a violência doméstica com crescimento desenfreado e que muitas vezes resulta em sua morte. E ainda neste escopo as duas piores violências: o medo da própria mulher de denunciar, expondo-a à novas agressões e a retirada da queixa, esta, é a pior de todas onde ela por compaixão ou medo se trai e assina muitas vezes sua própria sentença de morte.
Todos estes fatores persistem ao longo da história e atualizam-se há época atual, trazendo novos cárceres femininos, maquiados com novos vestidos.
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