Coluna do Barbosa

Carlos Alberto Barbosa é jornalista, natural de Natal (RN), formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) desde 1984. É ainda autor do blogdobarbosa e assina uma coluna no portal Nominuto.com​

É preciso ter coragem pra dizer o que disse a senadora Fátima Bezerra

27 de agosto de 2015

Poucos são os políticos no Brasil que têm a coragem e a firmeza para dizer o que disse nesta quarta-feira (26), a senadora Fátima Bezerra (PT-RN), contra o ministro do TSE e do Supremo, Gilmar Mendes, durante a sabatina do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado.

Ai dizer na presença do procurador-geral da República e de colegas de Parlamento que “se há alguém que age com parcialidade e falta de isenção é o ministro Gilmar” e que “o Brasil inteiro sabe do ódio que ele tem em relação ao PT, mas ele não pode extrapolar sua função por causa disso”, Fátima Bezerra foi destemida.

A senadora potiguar foi mais além ao fazer as seguintes indagações: “será que o ministro Gilmar perdeu  o controle emocional porque a ministra não aceitou as ações impetradas pelos partidos de oposição contra a campanha da presidenta? Ou será  que foi porque ela afirmou que técnicos do TSE constataram irregularidades nas prestações de contas do outro candidato?” O outro candidato a que se referia Fátima Bezerra era o senador Aécio Neves, do PSDB.

Fátima não mediu palavras para falar o que muitos dos seus pares certamente tencionam dizer.

E mais:

A parlamentar foi no cerne da questão da corrupção na política brasileira. Disse em alto e bom som para todos os colegas ouvirem que se sentia frustrada “diante da hipocrisia de membros deste Congresso que são coniventes com a corrupção ao votarem pela manutenção das doações por empresas”.

E ressaltou:

“Eu e meu partido vamos continuar lutando pelo fim do financiamento empresarial de campanhas. E tenho a esperança de que a sociedade reaja e tenhamos uma reforma política que traga mais ética, mais democracia para nossa política.”

É isso. Conheço a senadora Fátima Bezerra desde os tempos de repórter em que ela era ainda presidente do Sindicato dos Professores do Rio Grande do Norte. Sei da sua honestidade e coragem. Para falar o que falou não é para qualquer um. É preciso, além da coragem, merecer a respeitabilidade do eleitor, o que é o caso de Fátima Bezerra, que não pousa de “paladina da moralidade” como alguns políticos, inclusive, do Rio Grande do Norte, mas que não têm moral, sequer, para pedir o impeachment da presidenta Dilma.

Tenho dito!

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