Poucos são os políticos no Brasil que têm a coragem e a firmeza para dizer o que disse nesta quarta-feira (26), a senadora Fátima Bezerra (PT-RN), contra o ministro do TSE e do Supremo, Gilmar Mendes, durante a sabatina do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado.
Ai dizer na presença do procurador-geral da República e de colegas de Parlamento que “se há alguém que age com parcialidade e falta de isenção é o ministro Gilmar” e que “o Brasil inteiro sabe do ódio que ele tem em relação ao PT, mas ele não pode extrapolar sua função por causa disso”, Fátima Bezerra foi destemida.
A senadora potiguar foi mais além ao fazer as seguintes indagações: “será que o ministro Gilmar perdeu o controle emocional porque a ministra não aceitou as ações impetradas pelos partidos de oposição contra a campanha da presidenta? Ou será que foi porque ela afirmou que técnicos do TSE constataram irregularidades nas prestações de contas do outro candidato?” O outro candidato a que se referia Fátima Bezerra era o senador Aécio Neves, do PSDB.
Fátima não mediu palavras para falar o que muitos dos seus pares certamente tencionam dizer.
E mais:
A parlamentar foi no cerne da questão da corrupção na política brasileira. Disse em alto e bom som para todos os colegas ouvirem que se sentia frustrada “diante da hipocrisia de membros deste Congresso que são coniventes com a corrupção ao votarem pela manutenção das doações por empresas”.
E ressaltou:
“Eu e meu partido vamos continuar lutando pelo fim do financiamento empresarial de campanhas. E tenho a esperança de que a sociedade reaja e tenhamos uma reforma política que traga mais ética, mais democracia para nossa política.”
É isso. Conheço a senadora Fátima Bezerra desde os tempos de repórter em que ela era ainda presidente do Sindicato dos Professores do Rio Grande do Norte. Sei da sua honestidade e coragem. Para falar o que falou não é para qualquer um. É preciso, além da coragem, merecer a respeitabilidade do eleitor, o que é o caso de Fátima Bezerra, que não pousa de “paladina da moralidade” como alguns políticos, inclusive, do Rio Grande do Norte, mas que não têm moral, sequer, para pedir o impeachment da presidenta Dilma.
Tenho dito!
© 2015 RioGrandedoNorte.Net - Todos os Direitos Reservados
O RioGrandeDoNorte.Net seleciona as notícias mais importantes da semana a partir das mais confiáveis fontes de informação setorial. Em algumas delas, agregamos o noticiário de um assunto em um só item, ressaltamos (negritando) ou até comentamos (grifando) a notícia original, caso pertinente.