No mínimo de natureza indelicada a nota do secretário municipal de Saúde de Natal, Luiz Roberto Fonseca, ao dizer que “a suspensão dos atendimentos de obstetrícia de risco habitual do Hospital Santa Catarina, de responsabilidade do governo do estado, está causando problemas de superlotação nas maternidades de Natal, em especial a Leide Morais, que já opera acima de sua capacidade há cerca de duas semanas”.
E mais:
O secretário Luiz Roberto Fonseca explicou na nota, que as maternidades de Natal somente receberão casos de pacientes de outros municípios que chegarem em período expulsivo ou em franco trabalho de parto, cujo encaminhamento ofereça algum tipo de risco para o binômio mãe-bebê.
Ou seja, o secretário municipal de Saúde de Natal só vai priorizar as parturientes em caso de risco de morte, pelo o que deixou claro. E olha que Luiz Roberto Fonseca já foi secretário estadual de Saúde. Portanto, conhece muito bem os problemas enfrentados na área e olha que não são poucos.
Por outro lado a Secretaria Estadual de Saúde, também em nota, esclarece que não houve fechamento do serviço de obstetrícia do Hospital Dr. José Pedro Bezerra (Hospital Santa Catarina), e sim uma iniciativa da gestão no sentido de garantir o atendimento às pacientes com gestação de alto risco.
– O quadro de profissionais insuficiente impede que o hospital se mantenha recebendo a demanda habitual, que inclui pacientes residentes em Natal e que apresentam gestação de risco habitual (baixo risco), embora a unidade seja referência para o atendimento a gestações de alto risco e por isso deveria receber somente pacientes neste perfil, diz a Sesap.
Diante do exposto, chego a conclusão de que o secretário municipal de Saúde de Natal vai fazer uma espécie de “apartheid” com parturientes que não sejam natalenses. Um regime de segregação a quem precisa de atendimento médico.
A que ponto chegamos!
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