1. Esta semana começará a ser energizada a linha de transmissão ICG João Câmara II (230KV), que conectará os parques eólicos da região do Mato Grande à região metropolitana de Natal na subestação SE Extremoz II, e daí ao sistema elétrico nacional.
2. Neste momento, o RN tem uma capacidade TOTAL instalada de 930 MW, sendo 505,91 MW de fonte térmica (322,96 MW da Termoaçu, a gás; 57 MW a biomassa e 125,95 MW, emergenciais a diesel) e os restantes 423,15 MW de 14 parques eólicos já em operação.
4. A linha que começa a operar esta semana permitirá o início de operação de 24 novos parques eólicos da região do Mato Grande, num total 538 MW gerados a partir de 315 aerogeradores instalados nos municípios de Parazinho, João Câmara, Pedra Grande e São Miguel do Gostoso.
5. Além dos parques do Mato Grande, também entrarão em operação, durante este semestre, 5 parques eólicos localizados na região do litoral norte, 237,44 MW gerados a partir de 136 aerogeradores instalados nos municípios de Macau, Galinhos e Areia Branca.
6. Ainda durante o primeiro semestre deste ano, em virtude da entrada dos novos parques, o RN deverá alcançar o marco simbólico de 1GW (1.000 MW) de capacidade eólica instalada. Será a primeira vez que um estado brasileiro ultrapassa este recorde, que o Brasil, como país, alcançou em maio de 2011.
7. Durante o segundo semestre, outras duas linhas de transmissão deverão ser acrescentadas ao sistema: a ICG João Câmara III (138/500kv) e a ICG Lagoa Nova (34,5/69KV). Elas deverão ficar prontas em julho, e viabilizarão o escoamento da energia de mais 10 parques: 5 na região do Mato Grande e 5 na Serra de Santana.
8. Em resumo, ao longo do ano de 2014, o RN ganhará 39 novos parques eólicos, somando uma potência instalada total de 1.105,44 MW (626 aerogeradores).
9. Portanto, somando os parques já em operação com os que deverão entrar até o final do ano, o Rio Grande do Norte alcançará um total de 53 parques eólicos em operação, totalizando 1.528,59 MW de capacidade instalada através de 899 aerogeradores instalados em 10 municípios.
10. Até 2003, o Rio Grande do Norte produzia ZERO MW de energia. Em 2010, o estado atingiu a capacidade instalada necessária para abastecer seu próprio consumo, contando com eólicas e térmicas a gás e a biomassa (700MW).
11. Hoje, para abastecer o seu consumo atual, é necessária uma potência instalada de cerca de 850MW. Com mais de 1,5GW eólicos estimados para este ano, pode-se dizer que o Estado atingirá a capacidade de gerar seu próprio consumo apenas com a energia dos ventos. [Ressalve-se que este é um cálculo médio, simbólico, e apenas volumétrico; e não quer dizer que o estado passe a não realizar mais trocas de energia gerada em Paulo Afonso ou outros pontos do País, por motivos técnico-econômicos.]
12. Com 1,5 GW instalado em 2014, o Rio Grande do Norte se equipara à capacidade eólica instalada em países como Áustria ou a Bélgica. E supera países como Noruega, Finlândia, Coréia do Sul, Bulgária, Chile e Argentina (tomando dados do ranking mundial 2013 da GWEC Global Wind Energy Council e da European Wind Energy Association).
13. Com 1,5 GW instalado em 2014, o Rio Grande do Norte ultrapassa toda os países da América do Sul reunidos (tirando o Brasil), em potência eólica instalada.
Fonte: CERNE – Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia, 21/FEV/2014.
Jean-Paul Prates| Diretor-Geral
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