Coluna do Barbosa

Carlos Alberto Barbosa é jornalista, natural de Natal (RN), formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) desde 1984. É ainda autor do blogdobarbosa e assina uma coluna no portal Nominuto.com​

Fico a me perguntar: e se o presidente fosse Aécio Neves?

1 de setembro de 2015

Hoje o G1 publica reportagem dizendo que o déficit do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), sistema público que atende aos trabalhadores do setor privado, deverá avançar 40,5% em 2016 e atingir a marca de R$ 124,9 bilhões, segundo estimativas divulgadas pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão nesta segunda-feira (31). Será a primeira vez que o déficit do INSS superará a barreira dos R$ 100 bilhões.

Lembro ao leitor que quando o potiguar, senador Garibaldi Alves (PMDB) era ministro da Previdência, no primeiro governo Dilma (PT), cansou de alertar para isso. Aliás, um problema, é bom que se diga, de anos e anos que vem se acumulando nos cofres da Previdência ao longo dos governos.

Outra:

Não faz tanto tempo assim, o ex-gerente de Serviços da Petrobras Pedro Barusco, disse na CPI da Petrobras na Câmara dos Deputados que começou a receber propina em 1997 e 1998, e foi uma iniciativa pessoal sua, com o representante da empresa (a holandesa SBM Offshore).

Cito estes dois problemas só para situar o leitor.

O que quero dizer com isso? Quero dizer que não se pode imputar todos os problemas, se incluindo aí os de ordem econômica, como o do déficit da Previdência, e a corrupção somente aos governos do PT. Alguns vão dizer que estou querendo defender o PT. Não, só estou dizendo que os problemas neste Brasil varonil vêm se somando há anos e agora se agrava com a crise economia e política que o país enfrenta.

Daí a minha pergunta no título deste Editorial. E se o presidente fosse Aécio? A imprensa estaria detonando o governo? A oposição estaria clamando a sociedade a ir as ruas? Os incautos de plantão estariam questionando o governo tucano? Sim, a pergunta se faz necessária porque dos problemas citados acima – o do déficit na Previdência e o da corrupção – não foram coisas criadas nos governos petistas.

O grande problema, volto a repetir o que já dissera em outro Editorial, é que o PT quebrou paradigmas, quando elegeu um metalúrgico e depois uma mulher para presidirem o país. A sociedade brasileira, isso não é nenhuma inverdade, é preconceituosa, machista e conservadora. Daí não admitir 12 anos de governos que valorizam, sobretudo, o social.

Tenho dito!

 

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