A greve dos caminhoneiros já chegou a 11 dias e os efeitos da paralisação já atingem 14 estados do país. Entretanto, não atingiu ainda os atacadistas da Central de Abastecimentos do Rio Grande do Norte (CEASA/RN), maior entreposto comercial do estado, situado em Natal.
De acordo com o gerente de Abastecimento da empresa Aliança Atacadista de Alimentos, Dardinelo Queiroz, em entrevista para a Tribuna do Norte, se a paralisação dos carreteiros continuar no decorrer da próxima semana, os efeitos poderão atingir efetivamente o estado, provocando o desabastecimento de arroz, óleo comestível, por exemplo: “Vai depender muito dos produtos, aqueles que são produzidos nas regiões Sul e Sudeste”.
Dardinelo Queiroz disse que em condições normais, uma mercadoria, dependendo da distância, pode levar dois ou três dias pra chegar à Ceasa, mas num caso desses de greve, pode demorar muito mais tempo. “Agora tudo é imprevisível, um frete pra chegar, como um pedido de arroz que fizemos, pode levar mais de cinco dias”, afirmou.
Já para o gerente da Aliança Atacadista, Reginaldo Teixeira da Silva, se a greve continuar, o abastecimento de enlatados pode ficar comprometido, “porque são produtos fabricados mais no sul, o que não é feito aqui, não tem jeito”.
Protestos
O protesto de caminhoneiros tomou conta das principais rodovias do país desde último dia 18 de fevereiro e teve o seu auge na última quarta (25), com bloqueios registrados em 14 Estados, sendo 129 em rodovias federais e pelo menos 64 em estaduais.
Durante o fim de semana, foram registrados 15 pontos de interdição parcial em quatro Estados – Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul- sendo 13 em rodovias federais e 2 em estaduais.