O dia 30 de novembro de 1986 permanecerá na memória da população do município de João Câmara/RN. Naquela madrugada, um terremoto de 5,1 pontos na escala Richter danificou mais de 3.000 casas e levou centenas de moradores a saírem de suas residências em busca de um abrigo. Muitos moradores abandonaram a cidade e migraram para municípios próximos ou para a capital potiguar.
No ultimo domingo, dia 20/09/2015 (08:49h hora local), ocorreu um novo tremor na região de João Câmara, desta vez de magnitude preliminar 3.6. O epicentro preliminar foi localizado entre os municípios de João Câmara, Pureza e Poço Branco, justamente onde se iniciou a atividade sísmica em 1986.
A região de João Câmara é conhecida por seus abalos sísmicos, entre os anos de 1986 a 1993 a atividade foi intensa com a ocorrência de dois tremores de magnitude acima de 5.0 e centenas de outros tremores sentidos pela população.
De acordo como O Laboratório de Sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis/UFRN), embora que a atividade sísmica esteja ocorrendo onde se iniciou a atividade de 1986, não dá para dizer como a atual atividade vai evoluir, portanto a única ação pertinente ao momento é monitorar os abalos e sua dispersão.
Mas agora o município de João câmara e cidades vizinhas devem se preocupar não só com as casas e construções das cidades, mas também com os diversos parques eólicos que foram instalados na região, muitos deles próximos a assentamentos rurais ou nas vias de acessos entre as comunidades, como também as várias linhas de transmissão de energia e subestações que escoam a produção de energia dos parques e transformam o município em um verdadeiro emaranhado de fios, cortando propriedades rurais, reservas legais, assentamentos, rodovias estaduais e municipais.
Recentemente os moradores de João câmara e Parazinho testemunharam um incêndio em um dos 381 aerogeradores instalados na região. Eles observaram de informa incrédula um aerogerador que custa mais de R$ 6 milhões, ser destruído pela força do fogo a uma altura de quase 90 metros, sem que nenhuma ação de combate ao incêndio fosse realizada, pois a região não dispõe de um agrupamento do Corpo de Bombeiros.
Através da história sabemos que os estragos provocados por tremores ou terremotos não podem ser subestimados, pois é um fenômeno da natureza imprevisível e quando ocorrem sempre provocam danos materiais e risco de morte.
Hugo Alexandre
Fonte:
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