A crise hídrica que assola alguns estados brasileiros tornou-se motivo de preocupação para população e governantes. O volume dos reservatórios hídricos está cada vez mais baixo e não consegue atender a demanda de consumo. No Rio Grande do Norte, dos 36 reservatórios do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs), 18 estão em volume morto, nome técnico para indicar que a reserva de água está abaixo do nível das comportas.
O RN possui atualmente a disponibilidade de 28% da capacidade de volume dos reservatórios. O quadro só é melhor do que o registrado em Minas Gerais (23%), Ceará (22%), Paraíba (18%) e Pernambuco (13%).
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Segundo dados do Dnocs, os reservatórios potiguares que se encontram utilizando o volume morto são os seguintes: Açude Pau dos Ferros, Açude Mundo Novo, Açude Zangarelhas, Açude Caldeirão Parelhas, Açude Currais Novos, Açude Dourado, Açude Marechal Dutra (Gargalheiras), Açude Sossego, Açude Vinte e Cinco de Março, Açude Pilões, Açude Santana (Gangorra), Açude Umarizal, Açude Malhada Vermelha, Açude Bonito II, Açude Lucrécia, Açude Santa Cruz, Açude Santo Antônio de Caraúbas e Açude Alecrim.
A Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), informou que 80% dos municípios localizados no semi-árido potiguar estão em situação crítica. O Açude Gargalheiras, que tem capacidade para 44,5 milhões de m³ d’água, possui apenas 1,1 milhão de m³ – que corresponde a 2,63% de sua capacidade, de acordo com o último levantamento da Semarh realizado no dia 8 de janeiro deste ano.
O baixo volume dos reservatórios tem agravado a situação nos municípios potiguares. Em oito cidades do estado, o quadro é de racionamento de água. As cidades que estão enfrentando esse problema são: Luís Gomes, São Francisco do Oeste,Tenente Ananias, São Miguel, João Dias, Carnaúba dos Dantas, Paraná e Antônio Martins.
A Companhia de Águas e Esgotos (Caern) informou que em todos os casos há incapacidade de fornecer água e o abastecimento é realizado com carros-pipa e outras medidas emergenciais.
