By Amanda Pessoa

Fui ao Ó Paí Ó, que reabriu depois de alguns meses hibernando, porque soube que, com nova administração, o cardápio estava menos baiano e mais adequado ao paladar natalense (não sei exatamente o que isso significa, mas achei a afirmação interessante e resolvi repetir).

A decoração não mudou em nada, mas as opções de pratos estavam de fato diferentes.

Como entrada, foram escolhidos o casquinho de siri e o de caranguejo.

O casquinho de siri estava excelente, bem temperado, mas com sabor de siri de verdade. O de caranguejo estava bom, mas não excepcional.

Como prato principal, pedimos o salmão com molho de alcaparras.

Bati a foto depois que já tinha me servido, por isso o prato está ainda menos apresentável do que quando chegou à mesa.

Fazia muito tempo que não comia um salmão tão salgado e ruim. Em razão das alcaparras, o sal deveria ter sido melhor dosado. Nem o purê de batata estava bom. Errar uma guarnição tão descomplicada é algo grave para mim. A couve, por outro lado, estava deliciosa.

Meu pai, que estava comigo, gostou do peixe e do purê e disse que eu exagerei na reclamação.

De sobremesa, escolhi torta de banana.

Isso não é torta em lugar nenhum do mundo. Não é sequer um bolo. Descrevo esse negócio como uma massa sem gosto, com alguns pedaços de banana misturados com doce de leite, cobertos de castanha de caju triturada. Painho quase não acha banana, preciso dizer.

Outra coisa que merece referência é a falta de manejo dos garçons. Vi todos entregarem pedidos nas mãos dos clientes, além de não servirem o prato principal. No nosso caso, o prato de salmão foi largado no meio da mesa com uma colher grande e duas de sobremesa.

Devo dizer também que quando chegamos, com uma reserva para duas pessoas, a mesa estava posta com dois lugares em diagonal (os pratos não estavam um na frente do outro, mas de frente para uma cadeira vazia). Espero que seja possível visualizar o absurdo.

Pois bem. Não tenho a menor intenção de voltar lá. Mas posso mudar de ideia, caso a administração mude novamente.

Fiquei tão desesperada para ir embora que não perguntei o horário de atendimento. Falha minha.

Source: A manda à mesa