Notícia publicada na Tribuna do Norte:
O Rio Grande do Norte terá uma safra este ano com menos cana de açúcar, sisal, abacaxi, coco e melão. Ao mesmo tempo, deverão “brotar” mais mandioca, tomate, castanha de caju e banana. Somente a mandioca dará um salto de 355,12% na produção, em relação ao que foi colhido em 2013 – o maior avanço entre as culturas. A área com o produto deverá aumentar 258,22%. Essas e outras conclusões estão no Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, pesquisa mensal de previsão e acompanhamento das safras agrícolas, elaborado por técnicos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística no estado (IBGE/RN). Os dados, que mostram um retrato até agosto, foram divulgados ontem.
Nesta estimativa, a sexta do ano, os técnicos do IBGE levantaram dados e informações nos principais municípios produtores, para avaliarem a situação da produção agrícola, principalmente das lavouras temporárias, ainda em fase de plantio/colheita nas meso regiões oeste e central, e de intenção de plantio ou plantio nas meso regiões agreste e leste.
Mesmo com condições climáticas irregulares, o Rio Grande do Norte deverá ter uma safra regular este ano, quando comparada com o ano anterior, segundo o levantamento. As estimativas anteriores mostram que algumas variáveis contribuíram para isto, como a distribuição de sementes na época certa na maioria dos municípios, além das chuvas ocorridas em quase todos os municípios do Estado.
O Levantamento mostra a área (intenção e plantio) e a produção esperada nas quatro Mesorregiões e 19 Microrregiões do Estado para de cereais, leguminosas e oleaginosas. De acordo com os dados, a área plantada alcançará 66.566 hectares (ha), maior em 37,98% quando comparada a colhida em 2013 que foi de 48.242 ha (variação absoluta de 18.324 hectares). No comparativo com o mês de julho, o decréscimo foi de 13.575 hectares ou – 16,94%.
Com relação à produção, até este mês, a produção esperada é de 40.719 toneladas, contra as 32.906 toneladas obtidas em 2013, ou seja, 23,74% maior, que em termos absolutos correspondem a 7.813 toneladas. Em relação a estimativa do mês anterior, onde se obteve 53.766 toneladas, verifica-se uma redução de 13.047 toneladas, ou – 24,27%.
GLOBAL
A área de todos os produtos estimada até agosto 2014 – incluídos na lista frutas e mandioca, por exemplo – é de 295.124 hectares, 11,73% superior em relação a área colhida em 2013 que foi de 264.130 hectares. Em termos absolutos o aumento é de 30.994 hectares. Com relação ao mês de julho, quando se estimava uma área de 310.226 hectares, há um decréscimo de –4,87 %, ou – 15.102 hectares.
Já em relação ao total da produção (esperada), exceto abacaxi e coco que têm a produção em mil frutos, a estimativa de 2014, é de 3.783.433 toneladas, contra 4.355.176 toneladas (-13,01%) obtidas na estimativa da safra de 2013.
No comparativo com 2013 as variações são positivas para maioria das lavouras, exceto sorgo, sisal, cana-de-açúcar, melão, abacaxi e coco. No comparativo com o mês de anterior (3.803.955 toneladas), em termos absolutos na estimativa neste mês há um decréscimo de 15.522 toneladas, ou – 0,41 %.
Para as culturas do abacaxi e coco da baía, cuja produção é em mil frutos, a estimativa para este mês é de 157.946.000 frutos, quando na safra de 2013 foi de 170.024.000 frutos, ocorreu uma variação de – 7,10%. Com relação ao mês anterior, a variação foi mínima. Em relação a safra passada, se observa nesta estimativa, variações positivas na maioria das culturas.
SAIBA MAIS
O que diz o IBGE sobre cada mesorregião:
1. Mesorregião Central Potiguar
– O principal motivo das variações negativas se deve a irregularidade das chuvas no período de cultivo, principalmente a lavoura do milho, observada a redução da área e na produtividade de alguns municípios;
– Houve melhor aproveitamento do feijão e sorgo nas áreas que foram plantadas mais cedo, isto é, quando das primeiras chuvas, com maior produtividade;
– Confirma-se rendimento médio menor em alguns municípios;
– Em muitos municípios do Seridó, algumas áreas foram perdidas e também o rendimento médio caiu, devido a falta de chuvas no período crucial de desenvolvimento das culturas temporárias, notadamente o feijão e mais ainda o milho.
2. Mesorregião Oeste Potiguar:
– As variações diversificadas e observadas nos municípios, se deve ao modo de cultivo irrigado ou não.
– Variações de rendimento médios depende do local de plantio, sendo maiores nas áreas próximas de rios e açudes, e menores nos terrenos mais altos.
– Pequenas áreas foram perdidas.
3. Mesorregiões Agreste e Leste Potiguar :
– Em agosto as precipitações pluviométricas continuaram abaixo do esperado nas microrregiões Potengi e Trairí, ocasionando frustração de safra;
– A falta ou insuficiência de chuvas, afetaram tanto a cultura do feijão como o do milho, principalmente na fase de desenvolvimento germinativo;
– A incidência de chuvas foi das mais variadas, com as lavouras sofrendo todo tipo de situação, com perdas variando de 60 a 100%. Poucos municípios tiveram perda total da produção, para algum produtor ou outro, o milho, só serviu para ração animal.
Clique aqui para ver a publicação original
© 2015 RioGrandedoNorte.Net - Todos os Direitos Reservados
O RioGrandeDoNorte.Net seleciona as notícias mais importantes da semana a partir das mais confiáveis fontes de informação setorial. Em algumas delas, agregamos o noticiário de um assunto em um só item, ressaltamos (negritando) ou até comentamos (grifando) a notícia original, caso pertinente.