A pergunta acima se faz necessária porquanto o presidente da República, Michel Temer (PMDB), foi citado pelo ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho, em delação à Lava Jato, de ter pedido e recebido R$ 10 milhões a Marcelo Odebrecht em 2014. Segundo o delator, esse valor foi pago, em dinheiro vivo, a pessoas da estrita confiança de Temer, como Eliseu Padilha, chefe da Casa Civil, e José Yunes, amigo há cinquenta anos de Temer e assessor especial do presidente.
Temer não tem mais moral para continuar como presidente. Aliás, o presidente e alguns ministros citados também na delação não têm mais a menor condição de estarem a frente dos destinos de nosso país. O governo do PMDB ruiu como que um castelo de areia e junto com ele alguns governistas encastelados no Congresso Nacional. Me diga, caro leitor, se estes políticos inseridos na relação abaixo têm moral para criticar os governos de Dilma e de Lula? É verdade que no meio deles existem alguns petistas, mas a maioria faz parte da base aliada do governo golpista.
Veja os nomes dos polítícos que Cláudio Melo Filho disse que receberam doações não declaradas, os valores e a situação do pagamento:
– Adolfo Viana (PSDB-BA), deputado estadual. Recebeu R$ 50 mil não declarados.
– Aécio Neves (PSDB-MG), senador. Pediu R$ 1 milhão para o DEM, não declarados.
– Anderson Dornelles, ex-assessor de Dilma Rousseff. Recebeu R$ 350 mil não declarados.
– Antonio Brito (PSD-BA), deputado federal. Recebeu R$ 100 mil não declarados, R$ 200 mil indefinidos e R$ 130 mil declarados.
– Arthur Maia (PPS-BA), deputado federal. Recebeu R$ 250 mil não declarados e R$ 350 mil declarados.
– Arthur Virgílio (PSDB-AM), prefeito eleito de Manaus. Recebeu R$ 300 mil não declarados.
– Ciro Nogueira (PP-PI), senador. Recebeu R$ 300 mil não declarados e R$ 1,8 milhão declarados.
– Colbert Martins (PMDB-BA), ex-deputado federal. Recebeu R$ 150 mil não declarados e R$ 441 mil declarados.
– Daniel Almeida (PCdoB-BA), deputado federal. Recebeu R$ 100 mil não declarados.
– Delcídio do Amaral (sem partido-MS), ex-senador. Recebeu R$ 500 mil não declarados.
– Duarte Nogueira (PSDB-SP), prefeito eleito de Ribeirão Preto. Recebeu R$ 350 mil não declarados e R$ 300 mil declarados.
– Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ex-deputado federal. Recebeu R$ 10,5 milhões, não determinado.
– Eliseu Padilha (PMDB-RS), ministro-chefe da Casa Civil. Recebeu R$ 10 milhões a pedido de Temer, não determinado.
– Eunício Oliveira (PMDB-CE), senador. Recebeu R$ 2,1 milhões não declarados.
– Francisco Dornelles (PP-RJ), vice-governador do Rio de Janeiro. Recebeu R$ 200 mil não declarados.
– Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), ex-ministro da Secretaria de Governo. Recebeu R$ 1 milhão não determinados, R$ 1,5 milhão não declarados e R$ 2,380 milhões declarados.
– Gim Argello (PTB-DF), ex-senador. Recebeu R$ 1,5 milhão não determinados, R$ 300 mil declarados e R$ 1 milhão não declarados.
– Heráclito Fortes (PSB-PI), R$ 200 mil não declarados e R$ 50 mil declarados.
– Hugo Napoleão (PSD-PI), ex-senador. Recebeu R$ 100 mil declarados e R$ 100 mil não declarados.
– Inaldo Leitão, ex-deputado. Recebeu R$ 100 mil não declarados.
– Jaques Wagner (PT-BA), ex-ministro. Recebeu R$ 3 milhões não determinados e R$ 7,5 milhões não declarados. Cláudio Melo diz acreditar que foram repassados R$ 10 milhões para a candidatura de Rui Costa em 2014, a pedido de Wagner.
– José Agripino (DEM-PI), senador. Recebeu R$ 1 milhão, a pedido de Aécio Neves, não determinados.
– José Carlos Aleluia (DEM-BA), deputado federal. Recebeu R$280 mil declarados e R$ 300 mil não declarados.
– Jutahy Magalhães (PSDB-BA), deputado federal. Recebeu R$ 350 mil sem declaração e R$ 500 mil declarados.
– Lídice da Mata (PSB-BA), senadora. Recebeu R$ 200 mil não declarados.
– Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), deputado federal. Recebeu R$ 400 mil declarados e teria recebido R$ 1,5 milhão não declarados.
– Marco Maia (PT-RS), deputado federal. Recebeu R$ 1,35 milhão não declarados.
– Michel Temer (PMDB-SP), presidente da República. Pediu repasse de R$ 10 milhões.
– Moreira Franco (PMDB-RJ), secretário do PPI. Pediu recursos para o PMDB, mas o recebimento foi feito através de Eliseu Padilha.
– Paes Landim (PTB-PI), deputado federal. Recebeu R$ 100 mil não declarados e R$ 80 mil declarados.
– Paulo Henrique Lustosa (PP-CE), ex-deputado federal. Recebeu R$ 100 mil não declarados e R$ 100 mil declarados.
– Paulo Magalhães Junior (PV-BA), vereador eleito de Salvador. Recebeu R$ 50 mil não declarados.
– Paulo Skaf (PMDB-SP), presidente da Fiesp. Recebeu R$ 6 milhões dos R$ 10 milhões negociados por Michel Temer.
– Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado. Beneficiado com os R$ 22 milhões repassados ao grupo do PMDB na Casa (doações declaradas e não declaradas).
– Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara. Recebeu R$ 600 mil não determinados.
– Romero Jucá (PMDB-RR), senador. Beneficiado com os R$ 22 milhões repassados ao grupo do PMDB do Senado (doações declaradas e não declaradas).
– Rui Costa (PT-BA), governador da Bahia. Teria recebido R$ 10 milhões a pedido de Jaques Wagner (não determinado).
Só mesmo quem não quer enxergar concorda que a causa da corrupção foi o PT. Não, a causa não foi o PT, mas sim os políticos que há muito fazem do Congresso Nacional uma casa de negócios espúrios.
Está na hora do povo ir às ruas e gritar “Fora Temer”, pois que o seu prazo de validade se expirou.
A conferir!
Foto reproduzida da internet
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