O Governador Robinson Faria fez uma afirmação muito séria em coletiva à imprensa anteontem: a de que é vítima de “um movimento para enfraquecer o Governo do RN”.
Não é a primeira vez que assistimos a um governante em dificuldades clamar pela “união pelo RN” após ter desprezado apoios e governado praticamente só.
Mas quando se denunciam “ações políticas contra o Governo do Estado” bem como culpados por golpes, conspirações ou ações contrárias ao interesse público, é preciso dar nome aos bois: acusar claramente.
Quem governa ainda tem uma vantagem: pode lançar mão da inteligência que a estrutura de Estado lhe proporciona para indigitar precisamente os acusados de “agir politicamente contra o RN”.
Desde Jânio, “forças ocultas” constituem tentativas (assaz pueris e infrutíferas, diga-se) de se apontar um inimigo externo difuso e não-identificado para tentar reunir forças decepcionadas ou defraudadas pelos momentos de êxtase individualista.
Oxalá não seja o caso, mas o fato é que acusações genéricas a esmo como essa, normalmente levam ao efeito contrário: isolam ainda mais o governante que se utiliza de insinuação sem apontamento firme. Torna-se apenas uma manobra diversionista simplória.
Se o Governador tem certeza de que existe um movimento político contra o RN, deve apontar precisamente QUEM são seus líderes e veículos, proporcionando ao povo que avalie desde um mero direito de resposta à punição exemplar na urna ou nas cortes, a depender da gravidade do que quer que tenham cometido.
Eu, como povo e como eleitor, quero saber, pois considero que a palavra de um governador é respaldada por investigações e dados concretos, diferentemente de um militante ou comentarista de redes sociais qualquer.
Essa afirmativa é preocupante e deve ser levada a sério. Vamos aguardar.
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