Caros(as) amigos(as).
Passada a campanha eleitoral e alguns longos meses de estranhos debates aventando temas e teses que eu já considerava superados ou ao menos evoluídos no Brasil, creio que voltaremos agora a uma fase de racionalidade – com investigações e punições nas devidas proporções, discursos bem menos incendiários de parte a parte, e uma certa mobilização pelo retorno do crescimento econômico em bases sustentáveis para o País.
Fazer parte da Política Nacional não deveria ser algo que fizesse confundir imediatamente a pessoa com as práticas de achaque, propinagem e venda de privilégios. Mas infelizmente a prática precedente a cada um que, como eu, se aventura a ingressar neste jogo, faz com que esta ligação direta se justifique. A corrupção existe desde a primeira obra pública da Antiguidade. Investigá-la e puní-la é que faz a diferença entre nações com mais ou menos dela (nunca zero).
Mesmo que alguns tenham razão para desconfiar ou duvidar disso, a Política para mim é uma atividade PRO BONO, como deveria ser para qualquer cidadão. Uma atividade à qual me dedico sem esperar remuneração ou lucro. Um ‘pro bono’ como quem frequenta e ajuda sua igreja, seu condomínio, sua associação de moradores, sua comunidade rural, seu sindicato ou núcleo trabalhista. Defendo e me orgulho da agremiação política de que participo hoje, pelo histórico de realizações e pessoas que fazem parte de suas credenciais, embora também defenda reformas profundas, punições justas e o reconhecimento público de suas falhas. Nunca me filiei a partidos antes, e só o fiz após me certificar dos seus valores e realizações concretas do Partido dos Trabalhadores. Ainda assim, trata-se de uma atividade política como cidadão, e não como profissional.
Apesar da felicidade e grande honra de haver sido eleito suplente de uma pessoa íntegra, capaz, batalhadora e honesta como a Senadora Fatima Bezerra, e de, como seu primeiro suplente, não ter salário, cargo ou vantagem qualquer – nem ter pedido ou reivindicado qualquer destas coisas – algumas pessoas, pelo vício e precendentes que justificam seu pré-conceito, imaginam e até declaram inferências sem reconhecer o caso específico aqui representado.
Tenho o direito pleno de continuar exercendo todas as minhas atividades regulares como cidadão, consumidor, liderança setorial, pai de família e, principalmente, empresário, criador de empregos, inteligência e realizações concretas. E não posso deixar que confundam ou onerem estas atividades com outra que exerço pela simples vontade de ajudar o País a depurar-se justamente dos “políticos profissionais”.
Quem ainda acha que exercer política é uma atividade exclusiva e excludente está falando de uma política que é justamente a que queremos extinguir: a das vantagens e conchavos, a dos oportunistas, casuístas e demagogos. A dos “profissionais da política”. Não faço e não farei parte desta.
Portanto, deixo aqui este esclarecimento, e o farei pessoalmente sempre que for pertinente: minhas atividades empresariais, sociais e pessoais não possuem nem possuirão qualquer conflito de interesse que não possa ser administrado tanto quanto o fazem consultores, advogados, médicos, jornalistas e outros tantos profissionais diante de situações potencialmente superpostas.
Nada deve afetar e ameaçar a saúde financeira, regularidade e honestidade da atuação profissional, tanto minha quanto de qualquer membro das minhas equipes de trabalho, hoje espalhadas por empresas e entidades setoriais com sedes em Natal, Rio de Janeiro, São Paulo e Fortaleza além de atividades itinerantes por todo o Brasil e no exterior.
Por isso, continuo trabalhando normalmente e espero que todos reconheçam isso. Em meio a tanta confusão, pode até parecer estranho, e é.
Mas é assim.
Um abraço a todos e um excelente domingo! JPP.
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