Tal qual agência que rebaixou Brasil, políticos que defendem o impeachment não são merecedores de crédito. Isso a imprensa, de um modo geral, não dá destaque.

Veja, caro leitor: os “vereditos” das agências servem de orientação para investidores em busca de oportunidades para aplicar seu dinheiro. Alguns fundos só podem, segundo as normas de seu estatuto, aplicar seus recursos em países que tenham grau de investimento.

Pois muito bem:

– Nos últimos anos, atuação da  Standard & Poor’s gerou polêmica. Em 2011, quando a mesma S&P reduziu a nota dos Estados Unidos de AAA para AA+ pela primeira vez na história – citando “desafios fiscais e econômicos” ante o “enfraquecimento” das instituições políticas americanas -, o prêmio Nobel de Economia Paul Krugman escreveu em artigo que a agência tem pouca “credibilidade” e é “a pior instituição à qual alguém deveria recorrer para receber opiniões sobre as perspectivas do nosso país (EUA).

A informação acima foi publicada em O Globo e no portal G1, mas sem o mesmo destaque dado ao fato da S&P ter rebaixado também a Petrobras.

Parlamentares reagiram negativamente à perda do grau de investimento. É melhor rir pra não chorar.

Fato é que alguns políticos que embarcam hoje no discurso pelo impeachment da presidenta Dilma, também estão na mesma situação que a Standard & Poor’s, ou seja, não merecem credibilidade nenhuma. Alguns dos quais com dois, três processos no Supremo Tribunal Federal, e ainda pousam de paladino da moralidade. O pior é que os incautos acreditam nisso.

E mais:

Os mesmos políticos que defendem hoje o impedimento de governar da presidenta Dilma, são os mesmos que querem a continuação do financiamento de campanha por parte de empresas, uma das, senão a principal causa da corrupção política.

Ora,ora,ora, caro leitor. Quando um delator do petrolão – possivelmente o maior escândalo de corrupção já descoberto no Brasil – concorda com um professor de Direito da Universidade de Harvard de que é urgente acabar com o financiamento empresarial de campanhas, é porque o modelo atual está de fato falido.

É hora de se dizer: tal qual a S&P estão os falsos paladinos da moralidade.

A conferir!

Charge: Mariano